Sou um ouvinte do Pretinho Básico, programa da rede Atlântida FM. São engraçados, programa leve, humor diferenciado. Em um dos programas, algo me chamou muita atenção. Seguidamente eles brincam com a questão da religião. Fazem questão de deixar claro que não tem fé. Algumas vezes tratam os que creêm com certo escárnio. Dias atrás, Alexandre Fetter, o âncora do programa, recebeu uma carta de um adolescente com câncer, internado em um hospital onde realizava tratamento. Ele, visivelmente emocionado, mandou o abraço pedido pelo garoto. Na seqüência, dirigiu ao jovem palavras de incentivo. Poucas, na verdade. Mas disse algo fundamental: que o menino deveria acreditar na cura, pois acreditando tudo ia ficar bem. E nesse momento eu descobri: Alexandre Fetter tem fé. Ele pode não saber, mas tem. Porque a essência da fé é acreditar, mesmo sem ver. Quando lhe faltaram as palavras, quando precisou buscar um sentido para a luta que o menino estava travando contra a doença, apareceu a sua fé. Fé na vida, no poder do otimismo, de que as coisas boas podem acontecer com quem as deseja. Professou uma fé que ele acha que não possui. O mais legal nisso tudo é que era com sinceridade. Não por medo do pecado, nem por necessidade de demonstrar aos outros que se é um bom cristão. Era genuína, uma fé que às vezes nos falta, mesmo acreditando em Deus. Ao desejar, emocionado, a cura do menino, ao se preocupar com a dor e o sofrimento de um irmão, teve atitude digna de um cristão, ainda que não seja um. Será que não é?
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